quinta-feira, 19 de julho de 2012

Medicamento oral reverte sintomas de desordem relacionada ao autismo



Cientistas dos EUA descobriram que um fármaco oral originalmente aplicado no tratamento do cancro é capaz de reverter um transtorno do espectro autista caracterizado por comprometimento cognitivo grave, avança o portal ISaúde.


Os resultados, divulgados no Journal of Clinical Investigation, revelam que ratinhos tratados com o medicamento Cyclocreatina apresentaram melhoria nas funções cognitivas, incluindo o reconhecimento de objetos novos, aprendizagem espacial e memória.


A desordem, a deficiência de transportador de creatina (DTC) é causada por uma mutação na proteína transportadora de creatina que resulta no metabolismo deficiente de energia no cérebro. Ligada ao cromossoma X, ela afeta os rapazes mais severamente, as mulheres são portadoras e passam os genes aos filhos.


Os cérebros de rapazes com CTD não funcionam normalmente, resultando em deficits graves de fala, atraso no desenvolvimento, convulsões e atraso mental profundo. Estima-se que actualmente a condição afecte cerca de 50 mil homens nos EUA.


A equipa, liderada por Joe Clark da Universidade de Cincinnati descobriu um método para trata a condição com Cyclocreatina, também conhecida como Cincy, um análogo da creatina originalmente desenvolvido como um complemento ao tratamento do cancro. Eles então trataram ratos geneticamente modificados com a doença humana.


"Cincy entrou com sucesso no cérebro e inverteu os sintomas de retardo mental nos ratinhos, com benefícios observados após nove semanas de tratamento. Ratos tratados apresentaram uma melhoria profunda nas habilidades cognitivas, incluindo o reconhecimento de objectos novos, a aprendizagem espacial e a memória sem nenhum efeito secundário", afirma Clark.


Como um medicamento reutilizado (originalmente desenvolvido para outra terapia), Cincy já passou pelo processo de aprovação. Ele é tomada por via oral, em comprimido ou em pó.


Fonte: www.rcmpharma.com

terça-feira, 17 de julho de 2012

Setor farmacêutico reivindica ICMS de 12% para todos os Estados


A indústria farmacêutica vai levar ao Conselho Nacional de Saúde, nesta semana, um estudo em que reuniu argumentos que apontam que a queda da carga tributária no setor pode elevar o consumo e a arrecadação.

O trabalho, finalizado em junho, afirma que após a redução do ICMS de medicamentos de 18% para 12% no Paraná, o preço para o consumidor caiu e a arrecadação cresceu 132%. Em 2008, com alíquota de 18%, o Paraná arrecadou R$ 76,8 milhões com o ICMS dos medicamentos. Em 2010, após a queda, a receita foi para R$ 178,6 milhões, segundo a entidade.

A ideia é pressionar por reduções nas alíquotas que hoje estão em 19% no Rio, 18% na maioria dos Estados e 17% no Nordeste, todos para 12%, segundo Nelson Mussolini, do Sindusfarma.

"Geralmente, fazemos pedidos semelhantes diretamente às autoridades. Essa é a primeira vez que vamos levar o caso ao conselho, um órgão vinculado ao ministério que tem a participação de trabalhadores e usuários do SUS. Agora solicitaremos participação da sociedade civil," afirma.


Fonte: Folha de S.Paulo

sexta-feira, 13 de julho de 2012

PREZADO (A) FARMACÊUTICO (A),

Em virtude da inclusão dos medicamentos gratuitos indicados ao tratamento da asma, o Ministério da Saúde (MS), através do PROGRAMA AQUI TEM FARMÁCIA POPULAR, está disponibilizando a atualização das peças publicitárias oficiais, que entraram em vigor a partir do dia 26/06/2012. Dessa maneira, todos os estabelecimentos credenciados que estão em ambiente de produção (vendas) deverão atualizar seu material de propaganda de acordo com o estabelecido na página eletrônica do Programa, disponível no endereço www.saude.gov.br/aquitemfarmaciapopular, link “Publicidade Aqui Tem Farmácia Popular” e também disponível no site da Rede Farma & Farma: http://www.farmaefarma.com.br/farma_new/banco_arquivos/farmacia_popular.php


As farmácias e drogarias credenciadas têm 90 dias para atualizar seus materiais de propaganda, devendo, portanto, cumprir todas as normas estabelecidas no “Manual de Diretrizes para a Aplicação em Peças Publicitárias do Aqui Tem Farmácia Popular”. A partir do dia 26 de setembro de 2012, os estabelecimentos credenciados que se enquadrarem nas quatro situações abaixo, conforme rege a Portaria nº 971, serão devidamente penalizados. Veja:


I. Uso de propaganda desatualizada (logomarca antiga) e/ou sem a substituição da logomarca “Saúde Não Tem Preço” e/ou sem a inclusão dos medicamentos gratuitos para asma
II. Uso de propaganda em desacordo com as normas estabelecidas no manual supracitado
III. Ausência das peças publicitárias obrigatórias
IV. Uso de propaganda sem autorização do Ministério da Saúde


As farmácias e drogarias credenciadas no Programa Aqui Tem Farmácia Popular deverão cumprir rigorosamente as normas e regras estabelecidas para uso de sua publicidade, não sendo permitido seu uso indiscriminado. O Ministério da Saúde irá monitorar rigorosamente as empresas após o prazo estabelecido. Diante disto, as empresas credenciadas no programa devem tomar conhecimento - na íntegra - das orientações técnicas disponíveis na página eletrônica supracitada, a fim de se evitar quaisquer irregularidades. Confira o comunicado oficial neste anexo (em formato pdf) e, em caso de dúvidas, entre em contato com a coordenação do programa somente pelo email analise.fpopular@saude.gov.br


Publicidade Aqui Tem Farmácia Popular


O “Adesivo de Credenciamento” é a única peça publicitária fornecida pelo Ministério da Saúde. Trata-se de um selo antifalsificação, que credencia o estabelecimento no Programa Aqui Tem Farmácia Popular e cuja reprodução é TERMINANTEMENTE proibida, sob pena de sanção. Caso sua empresa esteja em ambiente de produção e ainda não recebeu o adesivo oficial obrigatório, solicite através do email analise.fpopular@saude.gov.br informando, no assunto, as seguintes informações: “Adesivo de Credenciamento – CNPJ nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX”.


Além deste adesivo, o banner oficial e o cartaz contendo os valores de referência são as demais peças obrigatórias. Estas e as demais peças deverão ser confeccionadas pela própria empresa, respeitando as especificações constantes no "Manual de diretrizes para a aplicação em peças publicitárias do Aqui Tem Farmácia Popular" e as regras de uso estabelecidas na Portaria nº 971, de 17 de maio de 2012.


ATENÇÃO: o Ministério da Saúde não indica ou mantém qualquer convênio ou parceria com nenhuma empresa prestadora de serviços relacionados à confecção de peças publicitárias. A responsabilidade sobre o uso correto das peças é totalmente da farmácia ou drogaria credenciada.


Abaixo, disponibilizamos as artes oficiais e autorizadas para produção:


Banner obrigatório
Cartaz obrigatório
Banner adicional
Adesivo de Balcão
Adesivo Espelhado
Adesivo para Vitrine
Anúncio Meia Página
Anúncio Página Inteira
Anúncio Página Dupla
Flyer
Display
Móbile
MUB
Outdoor
Placa de Sinalização
Texto-base para comerciais


QUALQUER MATERIAL ALÉM DOS DISPONIBILIZADOS NESTE SITE DEVERÁ SER OBRIGATORIAMENTE SUBMETIDO À AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA (por meio do envio da arte para o email analise.fpopular@saude.gov.br).


RESSALTAMOS QUE OS ESTABELECIMENTOS QUE APRESENTAREM PROPAGANDAS IRREGULARES SERÃO DEVIDAMENTE PENALIZADOS.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Anvisa atualiza lista de substâncias de controle especial

 O Diário Oficial da União publicou no dia 03 de julho a RDC Nº 37 que dispõe sobre a atualização das Listas de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial e altera a portaria Nº 344 (Regulamento Técnico de Medicamento sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especiais).

As substâncias Ergina, Salvinorina A e DMAA (4-metilhexan-2-amina) foram adicionadas à Lista "F2" (Lista de Substâncias Psicotrópicas de Uso Proscrito no Brasil). Já a substância MDPV [1-(1,3-BENZODIOXOL- 5-IL)-2-(PIRROLIDIN-1-IL)-1-PENTANONA] foi incluída na Lista “F1” (Lista das substâncias entorpecentes de uso proscrito no Brasil).


A resolução incluiu ainda a espécie Salvia Divinorum na List “E” (Lista de plantas proscritas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas).

A substância metanfetamina foi remanejada da Lista "A3" (Lista das Substâncias Psicotrópicas) para a Lista "F2" (Lista de Substâncias Psicotrópicas de Uso Proscrito no Brasil).

Modificações:

INCLUSÃO:

Lista "E": Salvia Divinorum
Lista "F1": MDPV ou 1-(1,3-BENZODIOXOL-5-IL)-2-(PIRROLIDIN-1-IL)-1-PENTANONA
Lista "F2": ergina
Lista "F2": salvinorina A
Lista "F2": DMAA ou (4-metilhexan-2-amina)

ALTERAÇÃO

Remanejamento da substância metanfetamina da Lista "A3" para a Lista "F2".

Clique aqui e veja mais. 

Fonte: CRF SP 


terça-feira, 10 de julho de 2012

CFF lança campanha publicitária de valorização profissional


Uma campanha publicitária de valorização do profissional farmacêutico está sendo veiculada em nível nacional pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Todas as peças foram criadas pela agência Área – Comunicação sem Limites, e têm como tema principal “Farmacêutico, indispensável à sua saúde”.

Da campanha fazem parte o vídeo que está sendo divulgado em TV aberta e canais por assinatura, spot em rádios e peças para internet, outdoor, cartazes, busdoor, aeroportos, etc. “A ideia, nesta primeira ação, é destacar algumas áreas de atuação do farmacêutico como análises clínicas, cosméticos e alimentos e mostrar à população que o farmacêutico está presente no cotidiano de todos. As próximas devem tratar da atuação do farmacêutico, na farmácia e no combate à automedicação”, afirma Valmir de Santi, Vice-Presidente do CFF e coordenador da campanha.

Desenvolver uma ação nacional, tendo a publicidade como ferramenta de divulgação da profissão, é um desafio para o CFF, de acordo com o Presidente da instituição, Walter Jorge João. “Nosso principal objetivo é mostrar à sociedade que o farmacêutico é o profissional que melhor entende de medicamentos, mas também, está presente em diversas outras áreas. E, nesta campanha, com a parceria de todos os Conselhos Regionais, colocamos em prática a bandeira da união que venho pregando desde o primeiro dia da minha gestão à frente da instituição. Levar uma campanha publicitária a todos os cantos do País, só é possível com a parceria dos CRFs. Unidos somos fortes”, disse Walter Jorge João.

O CRF/SC deve ampliar a repercussão da campanha no estado.

Clique e assista ao video

Onde acompanhar a campanha:

TV GLOBO
- Intervalo do Bom Dia Brasil – no dia 02 de julho

- Intervalo do Jornal da Globo – nos dias 02 / 03 / 06 e 09
- Intervalo da novela das 18 hs -  nos dias 04 / 07 e 10
- Intervalo do Programa do Jô – nos dias 03 / 04 e 05
- Intervalo do SPTV  - dias 03 / 05 / 07  e 10
- Intervalo do SPTV (almoço) – dia 04


GLOBO NEWS
- Intervalo de 6h às 12h – dias 03 / 06 e 09
- Intervalo de 18h à 01h – dias 02 / 05


GNT
- Intervalo de 08h às 13h – dias 04 / 06 / 07 / 08 e 10
- Intervalo de 18h à 01h – dias 04 / 07 / 09
- Intervalo do Programa Alternativa Saúde – 22h – dias 03  e 10


VIVA
- Intervalo das 12h às 18h – dias 02 / 04 e 06


UNIVERSAL
- Intervalo das 8h às 14h – dias 02 / 06 / 07 e 09
- Intervalo de 18h à 01h – dias 03 / 05 e 08


SBT
- Jornal do SBT (manhã) – dias 02 / 04 / 06  e 09
- Jornal do SBT (noite) – dias 03 / 04 / 05 e 10
- Cine Espetacular – dia 03
- Tela de Sucessos – dia 06
- Casos de Família – dias 02 / 04 e 10
- Cine Belas Artes – dia 07
- Conexão Repórter – dia 06
- Esquadrão da Moda – dia 07
- Cine Família – dia 07
- A Praça é Nossa – dia 05
- SBT Repórter – dias 02 e 09


RÁDIOS NACIONAIS
Jovem Pan (SAT)
Band News
Executiva FM
CBN


Fonte: http://www.crfsc.org.br/nv/index.php?option=com_content&view=article&id=1363:cff-lanca-campanha-publicitaria-de-valorizacao-profissional&catid=36:noticias

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Indústrias investem cada vez mais em programas de fidelização



Cada vez mais acirrado por conta da concorrência dos genéricos, o mercado de medicamentos brasileiro está em "guerra". As principais farmacêuticas, sobretudo as multinacionais, estão aprimorando seus programas de fidelização de pacientes como forma de manter as marcas de seus principais produtos em evidência e não perder espaço para as versões genéricas e similares de seus próprios produtos.

A estratégia de grandes laboratórios é fidelizar as marcas de seus produtos, disse ao Valor Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo).


Ser fiel pode ser vantajoso para o consumidor. A adesão aos programas de fidelidade geralmente é feita pelo site das empresas ou por um telefone 0800, identificados nos próprios produtos. O usuário se inscreve por telefone ou e-mail e passa a fazer parte do programa dos laboratórios que disponibilizam esse tipo de produto. Dependendo do medicamento, os descontos chegam até 70%, o que equivale em alguns casos aos preços das versões genéricas.


Com o programa Lilly Melhor para Você (LMPV), a americana Eli Lilly acredita que o paciente poderá dar continuidade ao tratamento. Esse programa inclui desconto para alguns medicamentos e, no caso de pessoas diagnosticadas com diabetes, a farmacêutica coloca à disposição nutricionistas para auxiliar o paciente.



Segundo Luciano Finardi, diretor de marketing da Lilly, o laboratório conta no país com 20 nutricionistas que possuem um cronograma de visitação a pacientes e que prestam auxílio sobre o hábito alimentar do consumidor diabético. A indicação do nutricionista, segundo o executivo, é feita de acordo com ordens médicas.

Um dos medicamentos da Lilly incluídos no programa de fidelização, o antidepressivo Cymbalta, comercializado de R$ 240 a R$ 250 no varejo, pode ter desconto que varia de R$ 90 a R$ 150 a caixa (com 30 comprimidos). O critério de desconto é a situação financeira do paciente, avaliada durante o ingresso no programa. Para esse produto, são quatro faixas de preços. Além desse medicamento, estão incluídos o Zyprexa (para transtorno bipolar e esquizofrenia), o Cialis Diário (disfunção erétil) e Byetta (diabetes).



Uma das pioneiras nesse tipo de iniciativa no país, a suíça Novartis tem um programa de adesão ao tratamento de doenças crônicas chamado Vale Mais Saúde (VMS). Esse programa é aberto para participação de qualquer paciente de doença crônica que tenha recebido uma prescrição de um medicamento da Novartis que integre o programa. O cadastramento é feito por meio de um site ou telefone. Após o cadastro, o paciente passa a receber periodicamente materiais educativos e descontos na compra desse medicamento.

Na multinacional Boehringer Ingelheim, o programa "Saúde Fácil" oferece suporte para adesão ao tratamento, facilitando a compra de medicamentos de uso crônico e por tempo prolongado, prescritos pelo médico, a preços reduzidos. Estão inclusos remédios para tratamentos de doenças complexas, como Micardis (telmisartana), para a hipertensão arterial; o Spiriva (brometo de tiotrópio), para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); o Secotex (cloridrato de tansulosina), indicado para hiperplasia prostática benigna (HPB); Sifrol ER (pramipexol), que trata o Parkinson; Pradaxa (etexilato de dabigatrana), que previne o AVC relacionado à fibrilação atrial; e o Trayenta (linagliptina), para diabetes tipo 2.


A farmacêutica inglesa GlaxoSmithKline (GSK) não é adepta a esses programas de fidelização. Mas em 2010 a companhia começou a adotar uma estratégia em países emergentes de redução de preços, que varia de 20% a 50%, dependendo do tipo de tratamento. A aposta da farmacêutica é impulsionar as vendas, promovendo maior acesso a esses produtos.


No Brasil, esse tipo de programa de fidelização existe há menos de uma década, mas está ganhando adesão, inclusive de laboratórios nacionais, que são especializados, em boa parte, em medicamentos genéricos. No ano passado, o mercado total de medicamentos atingiu R$ 42,78 bilhões, dos quais os genéricos responderam por R$ 8,764 bilhões - ou 20% do total.


Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 6 de julho de 2012

EMS quer ser a primeira multinacional brasileira do setor em 2013

Não faz muito tempo, a presença de uma empresa 100% brasileira no topo de qualquer ranking relacionado à indústria farmacêutica seria considerada utopia. Hoje o quadro é bem diferente. Segundo a IMS Health, consultoria especializada no setor, das cinco empresas com mais vendas no segmento, quatro são brasileiras. A única estrangeira é a francesa Sanofi-Aventis.

A situação se repete no ranking dos setores Farmacêutico, Higiene e Limpeza, do anuário Melhores do Brasil. Das 10 companhias listadas, apenas duas, as suíças Roche e Novartis, não são brasileiras. Tanto a lista da IMS como a do Brasil Econômico são encabeçadas pela brasileira EMS, comandada pelo empresário Carlos Sanchez.

O fato de uma empresa fabricante de medicamentos genéricos ser a líder do setor é um bom retrato do momento atual vivido pelo mercado. "Enquanto o setor farmacêutico cresceu 18% no último ano, o de genéricos teve um aumento de 41%", afirma Bruno Sávio Nogueira, analista do setor farmacêutico da Lafis. Segundo ele, a consolidação da EMS na primeira posição do setor tem a ver com a credibilidade conquistada pela empresa. "Em medicamentos genéricos, o primeiro passo é fazer o consumidor confiar no laboratório", diz.

Fundado em 1964, o laboratório começou a ganhar ares de gigante na última década, justamente com o advento dos genéricos. Nos últimos anos, a empresa tem crescido acima do setor e dobrado de tamanho a cada três anos. Em 2011, o faturamento chegou a R$ 4,7 bilhões, um crescimento de 38%. Boa parte desse índice e da liderança da EMS no setor farmacêutico se deve ao fato de a companhia ter sido a primeira a produzir os medicamentos genéricos no Brasil, em 2000.

Segundo a farmacêutica, o pioneirismo na fabricação dos genéricos e a conquista da liderança do setor são resultados de seus constantes investimentos em inovação. "Destinamos 6% do nosso faturamento anual à pesquisa e desenvolvimento", diz a empresa. Para o futuro, a EMS aposta em um segmento ainda muito novo no Brasil, o de medicamentos biossimilares. Por isto, ela se uniu a três concorrentes brasileiros - Aché, Hypermarcas e União Química - para, através da joint venture BioNovis, investir na pesquisa e desenvolvimento desse tipo de medicamento.

A aliança entre os quatro laboratórios nacionais é uma reação à presença das multinacionais, que têm demonstrado apetite por realizar negócios no Brasil. Esse maior interesse vindo de fora é consequência direta do crescimento acelerado do mercado brasileiro de medicamentos. Hoje, o Brasil é o oitavo maior mercado do mundo em faturamento, mas tem ganhado posições com bastante velocidade. "Em 2010, éramos o décimo mercado, mas, em apenas um ano, ultrapassamos o Reino Unido e Canadá. Em breve, devemos tomar posições da Espanha e da Itália também", afirma Jorge Raimundo, presidente do conselho consultivo da Associação das Indústrias Farmacêuticas de Pesquisa (Interfarma).


MÚLTIS DE OLHO NO BRASIL

Atenta a esse movimento, as maiores empresas do setor em todo o mundo têm procurado intensificar sua presença por aqui. "O Brasil tem chamado a atenção de algumas das gigantes", diz Michael Waterhouse, analista da Morningstar, baseado em Chicago. Como exemplo, ele cita os acordos recentes envolvendo multinacionais como Sanofi, Pfizer e Watson com os laboratórios locais Medley, Teuto e Moksha8, respectivamente. Em comum, as empresas brasileiras que se associaram com as multinacionais têm o fato de serem tradicionais na produção de genéricos e similares.

A atração específica pelos laboratórios de genéricos está relacionada ao potencial de crescimento que o setor ainda apresenta. "A venda de genéricos representa cerca de um quinto do mercado geral. Na Europa, esse índice chega a ser o dobro", diz Nogueira, da Lafis. Com a melhoria da renda das classes mais baixas, os genéricos, por serem mais baratos que os remédios de marca, tendem a estar cada vez mais próximos dos índices de participação obtidos no mercado europeu.

Para Nogueira, essa tendência deve gerar ainda muitos movimentos de aquisição ou associação entre os laboratórios nacionais e estrangeiros. "As multinacionais querem abocanhar boa parte do nosso mercado e recuperar o espaço perdido", afirma.

Apesar disso, o analista não crê que a EMS seja um alvo fácil para as gigantes internacionais. "Por ser uma empresa familiar, ela funciona em uma dinâmica diferente dos outros laboratórios", diz Nogueira. "Além disso, é de interesse do governo manter uma empresa nacional entre as grandes do setor."

CRESCIMENTO DENTRO E FORA DO BRASIL


A EMS quer manter o crescimento e não só no Brasil. "Estamos no caminho certo, mas não somos o maior grupo (quando somados, os faturamentos de Medley e Sanofi superam o da EMS). Temos a missão de ser até 2013. Quero ser a primeira multinacional farmacêutica brasileira", afirmou Carlos Sanchez, em rara entrevista concedida no ano passado. Hoje, o laboratório exporta para mais de 40 países.

A inclusão de cada vez mais gente na economia, que faz os genéricos serem a grande força propulsora do mercado farmacêutico, também atua sobre outros setores dependentes de investimentos pesados em pesquisa e desenvolvimento, como os de higiene e limpeza, agrupados no ranking do anuário.


Assim como a indústria farmacêutica, as fabricantes de produtos de higiene e de limpeza têm resultados muito sensíveis à inclusão das classes C e D, o que levou as empresas, sobretudo as multinacionais, a investirem em lançamentos constantes. "O consumidor tem comprado produtos mais variados, aumentando seu gasto médio com esse tipo de item", afirma Maria Eugênia Saldanha, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins.

Apesar de ser um setor mais pulverizado, com a presença de cerca de três mil companhias, os produtos de limpeza também têm recebido forte atenção das multinacionais. "Principalmente as linhas que demandam mais investimentos em tecnologia ficam concentradas nas mãos dessas gigantes", diz Maria Eugênia.



Fonte: Brasil Econômico

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Apsen moderniza embalagens de medicamentos

As embalagens dos medicamentos da Apsen, companhia farmacêutica 100% nacional, ganharam novo projeto gráfico. A intenção do novo layout é facilitar a visualização das informações e tornar a identificação do produto mais fácil e segura para o consumidor. Ao completar 43 anos, a empresa destaca em suas embalagens uma estrela, o símbolo que marca a história da companhia.

“Com essa modernização, o nosso portfólio oferecerá, nos próximos meses, embalagens com melhor legibilidade para o consumidor. Além disso, com o destaque do nosso logotipo, o paciente terá a certeza de estar consumindo um medicamento da Apsen”, diz o gerente de Marketing da Apsen, Marcelo Guedes.

As letras, nas caixas, ampolas, frascos e cartelas, estão maiores e na cor branca com fundo azul, no lugar de preto e cinza utilizados nas embalagens anteriores, para facilitar a leitura. O tamanho do nome do princípio ativo e da marca comercial também será maior em comparação ao que estava sendo usado. Como determina a legislação, todas as embalagens trazem a marca impressa em braile. Nas embalagens dos comprimidos também estão escrito em braile a concentração; nas dos xaropes e pomadas, a forma farmacêutica; e nas dos injetáveis, a concentração e a fórmula farmacêutica.

O novo modelo mantém as informações da embalagem anterior, como tarja de classificação de uso, quantidade, cuidados de conservação, composição, validade e bula. A previsão é de que o processo de substituição das embalagens deva ser concluído entre seis a sete meses, de acordo com o estoque.

Fonte: 
http://www.embalagemmarca.com.br/2012/07/apsen-moderniza-embalagens-de-medicamentos/

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Pílula 'quatro em um' torna tratamento do HIV mais 'seguro, simples e eficaz'

Um novo comprimido que combina quatro drogas anti-HIV em um único tratamento diário é seguro e eficaz, de acordo com um estudo publicado nos EUA.
Espera-se que a "pílula quatro em um" torne mais fácil para os pacientes manter a medicação e melhorar os efeitos de seu tratamento.


Um estudo publicado na revista especializada "Lancet" afirma que esta poderia ser uma "nova opção de tratamento".

Um especialista britânico disse que a pílula era "uma grande notícia" e fazia parte de um movimento em direção a doses diárias únicas para portadores do HIV.

O HIV é incurável, e o tratamento da infecção requer terapia que combina múltiplas drogas usadas para controlar o vírus. Isso pode significar tomar vários comprimidos em diferentes horários do dia. E esquecer de um significa que o corpo pode perder a luta contra o HIV.

Pesquisadores e empresas farmacêuticas têm combinado alguns medicamentos em comprimidos individuais, para facilitar a administração das doses.

A "pílula quatro em um" é a primeira a incluir um tipo de droga anti-HIV conhecido como um inibidor da integrase, que interrompe a replicação do vírus.

'Segura, simples, eficaz'
Paul Sax, diretor clínico do Brigham and Women's Hospital, em Boston, Massachusetts, e professor associado da Harvard Medical School, disse: "A adesão dos pacientes à medicação é vital, especialmente para pacientes com HIV, onde a perda de doses pode levar o vírus a tornar-se resistente".

Ele liderou a pesquisa comparando o efeito da pílula quatro em um com o do melhor tratamento disponível até então em 700 pacientes. Ele disse que a pílula quatro em um era tão segura e eficaz quanto as opções anteriores, embora houvesse um nível maior de problemas renais, entre aqueles que a tomam.

"Nossos resultados fornecem uma opção adicional altamente potente e bem tolerada, e reforça a simplicidade do tratamento através da combinação de vários anti-retrovirais em um único comprimido".

Dr. Steve Taylor, especialista em HIV no Birmingham Heartland Hospital, disse: "Sem dúvida, o desenvolvimento de uma pílula única é um grande avanço no combate ao HIV".

"Passamos um longo tempo com pessoas tomando até 40 comprimidos três vezes ao dia", diz.

Ele disse que o novo comprimido foi "uma grande notícia" para as pessoas com HIV e que a pílula quatro em um aumentaria as opções de tratamento.

No entanto, ele alertou que muitas pessoas ainda tinham o HIV não diagnosticado. Um quarto das pessoas com HIV no Reino Unido não sabem que estão infectadas.

A pesquisa foi financiada pela empresa de biotecnologia Gilead Sciences.

Fonte: Site G1

terça-feira, 3 de julho de 2012

ICMS: Isenção do imposto pode aumentar lista do 'Farmácia Popular'



A lista de medicamentos disponíveis nas unidades do programa "Aqui Tem Farmácia Popular", do Ministério da Saúde, poderá crescer, caso o governo federal aprove a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os remédios vendidos nessas unidades. Além de medicamentos para hipertensão, diabetes e asma, há a previsão de se incluir na lista remédios para o tratamento de outras doenças crônicas. A medida é estudada pelo ministro da saúde, Alexandre Padilha, com secretários estaduais de Fazenda.


Os remédios oferecidos pelas farmácias populares e pelas drogarias credenciadas ao "Aqui tem Farmácia Popular" são os mesmos oferecidos gratuitamente por quem busca atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para comprar remédios pelo programa, é necessário que o usuário apresente CPF, documento com foto e receita médica. A população também pode adquirir fraldas geriátricas. Os descontos chegam a 90%. A relação de medicamentos e rede particular credenciada ao programa pode ser encontrada no site do Ministério da Saúde, através do endereço www.saude.gov.br/aquitemfarmaciapopular , ou pelo telefone 136 (Disque-Saúde).

ICMS

A possível isenção do ICMS decorre da preocupação com o elevado déficit da balança comercial do setor de saúde, que pode atingir o valor recorde de R$ 12 bilhões em 2012. Segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), divulgado na última quinta (28), a redução da carga tributária incidente sobre os medicamentos não prejudica a arrecadação. 


A conclusão se deu após uma análise da redução do ICMS de 18% para 12% no Estado do Paraná. De acordo com o coordenador da pesquisa, Gilberto Luiz do Amaral, mesmo após a adoção da medida, em 2009, houve um aumento de 106% na arrecadação estadual no ano.

Preocupado com o elevado déficit da balança comercial do setor de saúde, o governo federal se empenha para estimular a produção nacional de equipamentos médicos e medicamentos. Padilha afirma que o País receberá investimentos de R$ 500 milhões para a construção de uma fábrica de equipamentos radioterápicos, o que reduzirá a dependência externa dessas máquinas. As gigantes Siemens, GE e Elektra disputam o mercado com a promessa de que o Ministério da Saúde será o principal comprador.

Enquanto isso, o ministro também costura com os secretários estaduais de Fazenda a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os mais de cem medicamentos disponíveis no Farmácia Popular, que oferece remédio com subsídio federal.


Fontes: Agência Estado, Extra (RJ), Veja e Valor Econômico
Site: 
http://www.febrafar.com.br/index.php?cat_id=5&pag_id=8078

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Brasil começa a produzir remédios antiasmáticos em 2013



A  partir de 2013, o Brasil entra no mercado de produção dos antiasmáticos. A transferência de tecnologia será feita pelo laboratório espanhol Chemo à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Farmanguinhos, para a fabricação do medicamento formoterol+budesonida, usado na bombinha do asmático. Com a produção nacional, o Ministério da Saúde espera economizar cerca de R$ 100 milhões e beneficiar aproximadamente 200 mil pessoas.


A economia também vai alcançar o doente de asma que hoje gasta pelo menos R$ 100 por mês com o tratamento, que é constante. Asmática crônica desde os 4 anos, a servidora pública federal, Ana Cristina Leal Propato, disse que usa o inalador pelo menos três vezes ao dia.


“O asmático não tem noção de quando vai ter uma crise. De repente, o peito fecha e a pessoa pode até morrer. Gasto por volta de R$ 30 com a bombinha e, nos momentos de crise, o corticoide sai por mais de R$ 100. Vou ficar de olho [nessa medida], pois remédio para asmático é muito caro e a gente tem que tomar para o resto da vida”, contou Ana.


Após os ensaios clínicos, o medicamento precisa ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser lançado no mercado. O volume estimado de produção para o primeiro ano da parceria chega a 50,5 milhões de unidades.


Dados do Ministério da Saúde apontam que só, no ano passado, foram gastos mais de R$ 82 milhões com internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença que é uma das principais causas de internação em crianças de até 6 anos. Desde o dia 4 deste mês, drogarias credenciadas no programa Aqui Tem Farmácia Popular distribuem gratuitamente remédios contra a asma. De acordo com o Ministério da Saúde, os três medicamentos – brometo de ipratrópio, dipropionato de beclometasona e sulfato de salbutamol – estão disponíveis em mais de 20 mil estabelecimentos em todo o país.


Cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por causa da asma. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai), de 10% a 25% dos brasileiros têm asma e o Brasil é o oitavo país em prevalência da doença.


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 300 milhões de pessoas sofrem com a asma e 60% são crianças. Anualmente, em âmbito mundial, esse problema respiratório chega a matar 250 mil pessoas. A asma é hereditária e seus principais sintomas são falta de ar, tosse e chiado no peito.

Fonte: 
http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2012/06/26/brasil-comeca-a-produzir-remedios-antiasmaticos-em-2013/